domingo, 3 de fevereiro de 2013

A simplicidade dos 3 pontos

Jogo apático em vários momentos, a apatia foi nota dominante num jogo em que as valias não se comparam, num campeonato muito, mas mesmo muito pouco competitivo.

O golo madrugador de Enzo Peres prometia muito, quem não terá pensado nos 8-1, mas a falta de criatividade no ataque benfiquista tornou a partida pouco interessante, já que do lado visitante pouco mais havia a oferecer além de valentia e sacrifício.

O jogo valeu essencialmente pelos golos, pela confirmação da forma goleadora de Lima, pelo regresso aos golos de Rodrigo e pela titularidade do André Gomes em semana de chamada à selecção.

Um Ola Jonh desinspirado, um Rodrigo com falta de confiança que se espera que o golo tenha acabado, e um Luisinho sem comprometer, não que o jogo o tenha chamado a tal a performance, mas é sempre de salutar uma exibição de um jogador que aos adeptos pouca confiança traz!

Mais uma vez ficou provado o desequilíbrio no campeonato, num jogo em que não foi preciso muito de Benfica para vencermos.

O Benfica foi sério, sem notas artística sem espectáculo sem goleada, o Benfica foi simplesmente sério e cumpridor.

Numa corrida a dois, e só a dois, com diferenças para os restantes abismais, a vitória foi o mais importante, 3 pontos, numa caminhada que se afigura dificílima, com um plantel curto e enquanto uns se reforçam outros vendem, Jorge Jesus vai ter que saber gerir a equipa neste ponto.

A uma só voz, Benfica até ao fim, Benfica, Benfica, Benfica.


Sem muito a dizer, Obrigatório ganhar.

Campeonato fraco, fraco, fraco, Benfica e porto a seu belo prazer dominam quem querem e como querem, o que faz com que qualquer deslize possa ser fatal, mentalidade vencedora, pé no acelerador, não descomprimir por ser o Setúbal, resolver cedo, e gerir, Jesus, gerir, e passo a passo lá chegaremos.

Nos ultimo 5 jogos na Luz frente ao Setúbal o Benfica conseguiu quatro vitórias e um empate (à quatro anos por 2-2), marcamos 20 golos (média 4) sofremos 4 (0.8), muito beneficia esta média dos 8-1 no ano do rolo compressor!

Todos à Luz, 20:15.

Avante p'lo Benfica.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Quem mentes uma vez...e quem mente trinta!

Quem mente uma vez mente sempre e quem mente trinta vezes também não é gajo para se fiar muito, aqui fica um texto do Daniel Oliveira.

"Parado no Chiado à espera de um encontro marcado, ouço, de passagem, um homem dizer a outro, sobre, provavelmente, um colega de trabalho: “o que é que queres, não vou à bola com aquele gajo”. Não é que nunca tenha reparado, mas acho que é a primeira vez que penso no significado desta expressão: não ir à bola com alguém.

Ir à bola é uma coisa que fazemos com quem gostamos. Sendo um momento de libertação, em que todos os homens se tornam repentinamente em crianças grandes, gritam o que nunca gritariam, insultam como nunca insultariam, saltam, alegram-se, enfurecem-se de forma absolutamente irracional, a coisa é mais íntima do que parece. Não se vai à bola com qualquer um. Definitivamente, não se vai à bola com quem não nos inspira confiança. Não se vai à bola com quem não se vai à bola.

Os clubes de futebol, a começar pelo meu, foram invadidos por gestores incapazes de perceber o sentido desta expressão. Têm o futebol como o seu “core business”. Para melhorar o seu “benchmark” fazem “downsizing” no “headcount” do grupo. Desenvolvem um “business plan”, definindo o “target” para aumentar o “market share”. Têm “expertise” para garantir o “empowerment” da sua equipa, socorrendo-se do “benchmarking”. Trabalham o “branding” da marca e tentam pensar “out of the box”. E às vezes até falam em português. Mas no meio do seu insuportável jargão, que não tem evitado a ruína dos clubes, nunca compreenderão que a bola é mais do que um negócio. Nunca compreenderão porque os seus “clientes” não vão à bola com eles. São muito profissionais. Mas neste negócio, o seu “know how” serve de pouco. O Sporting foi o clube que mais rapidamente foi tomado por esta gente. O resultado está à vista. Porque os CEO’s são para as empresas. À frente dos clubes querem-se líderes de massas."